Reunião de 13/05/2025

Reunião de 13/05/2025

Presentes (todos a distância com a exceção de Sheila que estava na sala 262):  Alessandra Folha Mos Landim, Ana Carolina Pais, Luiz Rosalvo Costa, Pedro Henrique da Silveira Nunes, Sheila Vieira de Camargo Grillo, Sueli Pinheiro, Urbano Cavalcante Filho, Yuri Andrei Batista Santos.

Pauta:

- Informes

- Colóquio “60 anos de A obra de François Rabelais e a cultura popular na Idade Média e no Renascimento (1965-2025)”

- Discussão do artigo “ONDE QUER QUE EU MORASSE”: a re-existência feminina na cronotopia da casa em Paisagens da Memória, de Ruth Klüger de Girlândia Gesteira Santos, Yuri Andrei Batista Santos e Vânia Lúcia Menezes Torga

- Fórum sobre IA

Reunião:

Às 15h, por GoogleMeet e na sala 262 do prédio de Letras da FFLCH (USP), teve início a reunião de abril de 2025 do Grupo de Pesquisa Diálogo (USP-CNPq).

Na seção de informes, foi noticiada a publicação, em 24 de abril de 2025, do volume 38, número 1, da revista Linha d’Água, sobre o tema “Diálogos da obra de Bakhtin e do Círculo com outras teorias e áreas do saber”, com parte dos trabalhos apresentados na “IV Jornada Internacional do Grupo de Pesquisa Diálogo”(USP-CNPq), que aconteceu no dia 08 de novembro de 2023.

Em seguida, Yuri Andrei Batista Santos reiterou a organização de um número temático da revista Linha d’Água, organizado por ele, Vânia Lúcia Menezes Torga e Vanessa Fonseca Barbosa, a sair no final de 2025.

Na sequência, Urbano Cavalcante Filho reiterou a organização do dossiê da revista Letras escreve (UNIFAP), sobre o tema “Contribuições dos estudos linguístico-discursivos para o ensino de língua”, com prazo final de 30/06/2025 para  submissão de artigos.

Foi anunciada ainda a realização do 39º. ENANPOLL, 01-03/10/2025, na UFAC, que terá seção de pôsteres para estudantes com submissão de trabalhos até 26/05/2025, e do XV EPED (Encontro de Pós-Graduandos em Estudos do Discurso da USP) com inscrições abertas até 30/05/2025.

Sueli Pinheiro anunciou o lançamento de um ebook sobre mudanças climáticas a ser lançado até novembro de 2025.

Em seguida, continuamos a organização do Colóquio 60 anos de A obra de François Rabelais e a cultura popular na Idade Média e no Renascimento (1965-2025) - Data: 04-05 de dezembro de 2025 - Local: auditório 08 do Prédio de Ciências Sociais e salas 260, 262, 264 do Prédio de Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Foi realizado o pedido de financiamento para eventos em edital da PRPG da USP, e agora prepara-se o pedido de financiamento de eventos na Fapes.

Foram discutidos os seguintes valores para inscrição no evento: R$ 100,00 – pesquisador; R$ 70,00 – pós-graduando e R$ 50,00 – graduando.

O artigo discutido nessa reunião foi “ONDE QUER QUE EU MORASSE”: a re-existência feminina na cronotopia da casa em Paisagens da Memória, de Ruth Klüger”.

Foi destacada a pertinência da delimitação do cronotopo da casa para conduzir a análise do livro supracitado e propostas as seguintes contribuições: explicar no artigo o uso estilístico dos hifens nas palavras “re-existência”, “auto-bio-gráficas”; citar excertos de Mikhail Bakhtin sobre o cronotopo da casa; aprofundar a articulação entre a teoria bakhtiniana e outras teorias usadas no artigo; definir alguns conceitos citados durante a análise, mas não expostos durante a fundamentação teórica.

Por fim, durante o Fórum sobre inteligência artificial (IA), Luiz Rosalvo Costa levantou os seguintes pontos de reflexão:

Sobre as abordagens ou perspectivas teóricas que têm se voltado para a relação do discurso com tecnologias digitais, algoritmos e inteligência artificial, algumas linhas merecem destaque.

Uma delas é a de Marie-Anne Paveau, que propõe um arcabouço conceitual específico para trabalhar com a análise do discurso digital.

Uma outra linha discute os efeitos das tecnologias digitais e sobretudo da inteligência artificial na automatização da vida, da cultura, dos comportamentos e dos discursos: Marc Andrejvic (Mídia Automatizada), Eran Fischer (Subjetividade algorítmica), Yco Maly (Algoritmos e ideologia), Tarleton Gillespie (Agência algorítmica).

Outra linha discute como a proliferação de interações realizadas em e por meio de dispositivos digitais reconfigura a ideia de escrita e do que é escrever (considerando que registrar ou transmitir dados – pelo simples fato de estar conectado a um dispositivo ou aplicativo – aponta para novas formas de produção de significado, novas formas de escrever sobre si e de receber textos sobre si e sobre outros). Rodney Jones e Jill Retberg são alguns dos autores.

Uma terceira perspectiva tem como base as noções de sujeição social e servidão maquínica, de Guattari e Deleuze. A partir dessa matriz, as tecnologias digitais e a inteligência artificial podem ser investigadas como parte do desenvolvimento de maquinarias (técnicas, sociais, discursivas) para cujo funcionamento é indiferente se as forças envolvidas são humanas, maquínicas ou humano-maquínicas. Nessa linha, o discurso pode ser pensado a partir da contraposição entre semióticas representativas (que atuam na construção das subjetividades) e semióticas operacionais (que atuam no funcionamento das maquinarias, como inputs e outputs).

Por fim, entre as inumeráveis questões que podem se constituir em objeto de reflexão, são particularmente interessantes algumas relacionadas aos processos de enunciação. Por exemplo:

- Como se constituem os sujeitos de enunciação na interação com a inteligência artificial? Dá pra falar em sujeitos de enunciação artificiais? Se dá pra falar em sujeitos de enunciação artificiais, então dá pra falar em subjetividade artificial?

- E a alteridade? Dá pra falar em um outro artificial? De que maneira é possível pensar a relação do sujeito com o outro nos marcos da interação com a inteligência artificial?

A reunião se encerrou às 16h50.